Como Fazer a Estimativa de Custos em Licitações: Guia Prático

🗣️ A estimativa de custos é um dos passos mais importantes na elaboração de uma licitação, pois define o valor que será estipulado para a contratação de bens, serviços ou obras. Ela serve como referência para o processo licitatório e precisa ser precisa para garantir a competitividade e a legalidade da contratação. Neste post, vamos aprender como realizar essa estimativa de maneira eficiente, utilizando metodologias adequadas e baseadas em dados reais.

📑 O que é Estimativa de Custos e Por que é Importante?

A estimativa de custos consiste na previsão dos valores que serão gastos com o objeto da licitação. Esse valor é essencial tanto para a administração pública quanto para os licitantes, pois serve como parâmetro para que os concorrentes possam alinhar suas propostas dentro do valor estipulado.

Uma boa estimativa de custos garante que o processo licitatório:

  • Seja transparente

  • Seja competitivo

  • Respeite as normas legais e orçamentárias

💡 Metodologias para Estimativa de Custos

A estimativa de custos pode ser feita de diferentes maneiras, dependendo do objeto da licitação e das informações disponíveis. As principais metodologias incluem:

  1. Pesquisa de Preços de Mercado:
    Consultar preços praticados no mercado é uma das formas mais comuns de realizar estimativas. Para isso, é possível buscar referências em portais como o Compras.gov.br e outros sites especializados.

  2. Cálculo com Base em Custos Unitários:
    Para obras e serviços, é comum utilizar uma estimativa com base em custos unitários de materiais e mão de obra. Isso inclui cálculos detalhados com base em tabelas de preços, como a TABELA SINAPI.

  3. Estimativa por Comparação com Licitações Anteriores:
    Comparar os custos de licitações passadas é uma estratégia eficiente quando se tem dados de processos anteriores no mesmo objeto de contratação. Para isso, é necessário acessar o histórico de licitações similares.

📊 Ferramentas e Fontes de Dados para Estimativa de Custos

Ao realizar a estimativa, é fundamental utilizar fontes confiáveis e ferramentas adequadas. Algumas delas incluem:

  • Portal Compras.gov.br: O portal oficial de compras públicas oferece informações detalhadas sobre processos licitatórios anteriores, ajudando na comparação de preços.

  • TABELA SINAPI: Para obras e serviços de engenharia, a SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil) é uma ferramenta indispensável.

  • Índices Econômicos e Inflacionários: Acompanhar índices como o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) também ajuda na atualização dos valores estimados, considerando a inflação.

💼 Como Validar sua Estimativa de Custos?

Após realizar a estimativa, é importante validar os valores com algumas práticas:

  1. Revisão com Equipe Técnica:
    Se possível, compartilhe a estimativa com uma equipe técnica especializada para confirmar a precisão dos dados.

  2. Aprovação Orçamentária:
    A estimativa deve ser compatível com o orçamento disponível para o projeto ou serviço, sendo analisada pela área financeira.

🔍 Conclusão

Uma boa estimativa de custos é crucial para o sucesso de um processo licitatório. Ela deve ser realizada com base em dados confiáveis, comparações adequadas e metodologia eficiente. Ao seguir essas práticas, é possível garantir uma licitação justa, competitiva e dentro dos parâmetros legais exigidos.

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Gil Ferreira

Gil Ferreira é licenciado em Letras pela Universidade Federal Fluminense (UFF), técnico em Telecomunicações e atua no setor público como pregoeiro, com experiência em processos de dispensa de licitação, pregão eletrônico SRP e pregão comum. Ao longo da carreira, acumulou conhecimento prático nas áreas de logística, execução financeira e compras públicas. Com base nessa trajetória, passou a compartilhar conteúdo técnico de forma clara e acessível, com o objetivo de orientar empresas e profissionais a participarem com segurança e eficiência das licitações, oferecendo informações relevantes, estratégias aplicáveis e uma visão realista do mercado público.

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